Após o término de um relacionamento de 23 anos, me vejo de volta ao mercado do varejo.
Após o choque de realidade inicial, analista que sou, resolvo investigar com mais calma no que se transformaram os relacionamentos "amorosos"- entre aspas.
Me deparo, então, com um quadro estranho que segue na contramão de vegetarianismos e veganismos: um mercado de carnes.
Me deparo, então, com um quadro estranho que segue na contramão de vegetarianismos e veganismos: um mercado de carnes.
Filés, maminhas e alcatras expostos nas vitrines das redes sociais e dos apps. A gosto do freguês.
Fui fiel ao meu marido por este tempo todo, mas fui adolescente nos anos 80, tempos de sexo, drogas e rock'n roll. Testemunhei as práticas de amor livre. Vi o Osho - na época, Rajneesh, disseminar o Tantra. Pensei que, a esta altura, já estaríamos mais bem resolvidos sexualmente.
Justamente nos tempos do politicamente correto, da lacração, da diversidade, de roçar a bunda no chão, vejo um mundo onde as dualidades estão em carne viva.
Uma sociedade pseudoliberta que mascara a caretisse, a intolerância e nega sua própria sombra, ora reprimindo seus desejos carnais, ora mergulhando na putaria.
Em pleno século 21, os pecados ainda são vigentes? Não conseguimos transpor a ideia do sexo sujo, que transforma homens e mulheres em objetos, em ração, em robôs sem alma. E nem da culpa que se sucede.
O que vejo hoje não são pessoas liberais, bem resolvidas, como imaginei. Vejo o sexo e o amor ainda em total desalinho, vejo o gado no abatedouro. E o gado, como sabemos, não possui sentimentos.
Uma perpetuação de extremos. Masculinos e femininos feridos.
Há tanto estímulo sexual, tanta exposição e, ao mesmo tempo, nenhum contato com a verdadeira sexualidade.
Dois filmes sobrepostos (em VHS): pornôs trashes em brevíssimas atuações e dramalhões mexicanos de culpas, brochadas e solidão.
A pornografia transformou mentes em geléia e corações em pedra.
Fui fiel ao meu marido por este tempo todo, mas fui adolescente nos anos 80, tempos de sexo, drogas e rock'n roll. Testemunhei as práticas de amor livre. Vi o Osho - na época, Rajneesh, disseminar o Tantra. Pensei que, a esta altura, já estaríamos mais bem resolvidos sexualmente.
Justamente nos tempos do politicamente correto, da lacração, da diversidade, de roçar a bunda no chão, vejo um mundo onde as dualidades estão em carne viva.
Uma sociedade pseudoliberta que mascara a caretisse, a intolerância e nega sua própria sombra, ora reprimindo seus desejos carnais, ora mergulhando na putaria.
Em pleno século 21, os pecados ainda são vigentes? Não conseguimos transpor a ideia do sexo sujo, que transforma homens e mulheres em objetos, em ração, em robôs sem alma. E nem da culpa que se sucede.
O que vejo hoje não são pessoas liberais, bem resolvidas, como imaginei. Vejo o sexo e o amor ainda em total desalinho, vejo o gado no abatedouro. E o gado, como sabemos, não possui sentimentos.
Uma perpetuação de extremos. Masculinos e femininos feridos.
Há tanto estímulo sexual, tanta exposição e, ao mesmo tempo, nenhum contato com a verdadeira sexualidade.
Dois filmes sobrepostos (em VHS): pornôs trashes em brevíssimas atuações e dramalhões mexicanos de culpas, brochadas e solidão.
A pornografia transformou mentes em geléia e corações em pedra.
Corações petrificados, divididos, extremados entre a gozada rápida que te fornece a indústria porn e o desejo da alma de encontrar alguém que te complete.
E estes dois papéis ainda se encontram nos extremos opostos, uma vez que pessoas normais, na transa, não conseguem atingir os altíssimos estímulos da milionária indústria do sexo. Realidade brochante. Literalmente.
Após tantos anos, mas ainda com a certeza de que todo sexo é sagrado, voltarei ao Tantra, com um novo olhar, em busca da sublimação. Enquanto isso, encarnarei Perseu, me esquivando do olhar da Medusa, na iminência de virar estátua, a cada gozada.
Livia Burity
28/01/2019
Após tantos anos, mas ainda com a certeza de que todo sexo é sagrado, voltarei ao Tantra, com um novo olhar, em busca da sublimação. Enquanto isso, encarnarei Perseu, me esquivando do olhar da Medusa, na iminência de virar estátua, a cada gozada.
Livia Burity
28/01/2019
Adorei❤️O tantra foi um divisor de águas em minha vida, hoje tenho muito consciência da minha sexualidade❤️E viva o orgasmo pleno de corpo e alma!!!! Esse é meu lema��
ResponderExcluir