Na roda gigante do processo do autoconhecimento, nos deparamos, vez após vez, com momentos críticos.
Uma inquietação, uma ansiedade, um mal estar. Como se já acordássemos com um pressentimento ruim, um peso no peito. Como se o mundo fosse acabar.
É o momento em que os pássaros fogem com a chegada iminente de um furacão, de um terremoto. É esta a agonia que antecede a cura.
Chega um ponto da caminhada no qual nos deparamos com nossos abismos. E sabemos que não há volta. Precisamos ultrapassar mais este obstáculo no caminho da completude.
Há um conflito interno entre a urgência de resolver e o desejo da fuga. Como um soldado, minutos antes da batalha.
Sabemos que, no fundo, chegará um ponto no qual a fuga não será mais possível. E precisamos tomar fôlego e encarar.
É um sentimento latente. Resignificar nossas questões se torna cada dia mais urgente. Não há outro caminho.
Não há como contornar nossos abismos. E, para atravessá-lo, precisamos nos jogar no vácuo, no desconhecido, sabendo que morreremos, mais uma vez, para que possamos renascer novamente, mais fortes, mais conscientes. Renascendo das cinzas.
Jogue-se em seus abismos.
Ainda que não saiba, você tem asas e pode voar.
Gratidão, amigo Fênix.
Livia Burity
05/07/2019
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